Para a concepção do projeto da Sala DA Música tivemos como centro do conceito, a brasilidade. Dois mil e vinte e dois reúne comemorações de marcos e eventos que reverberam até hoje em nossa história, cultura e nos fizeram abraçar a brasilidade como conceito principal de nosso espaço.
Celebrando tanto o passado como o presente, recorremos ao mobiliário e designers nacionais; às obras de artes de importantes artistas contemporâneos e populares; ao muxarabi, elemento tão presente em nossa arquitetura; e às cores e texturas que nos conectam à nossa natureza única e exuberante; enfim, formas de valorizar tudo o que é atemporal e nosso.
Um aspecto que buscamos trazer para a Sala DA Música foi o equilíbrio entre a sofisticação e a simplicidade, características do jeito de morar carioca e da brasilidade. O ambiente se comunica com o verde da área externa e dialoga com a arquitetura do casarão, respeitando a sua história.
Buscamos criar um espaço atemporal. Em ritmo de celebração e do que é belo, recorremos a elementos históricos da nossa arquitetura, como o muxarabi, e o mobiliário nacional de diferentes décadas. Mas, temos também peças de arte e mobiliários contemporâneos. Podemos dizer que o nosso ambiente reúne o passado que nunca saia de moda e o presente, no frescor dos seus detalhes.
Um outro aspecto que norteou o projeto foi o contraste entre o contemporâneo e o popular. Grandes artistas contemporâneos como Nelson Leirner, Miguel Rio Branco e Iole de Freitas, convivem em harmonia com artistas populares com as cabeças de Dona Irineia ou o banco de Mestre Valmir (de acervo pessoal) que foi aproveitado como mesa de apoio e veio da Ilha do Ferro, artesanato brasileiríssimo que usa os galhos e formas orgânicas.
Fizemos uma homenagem ao grande amigo e artista Nelson Leirner que faria 90 anos em 2022 e estamos mostrando a obra Biblioteca, peça inédita em uma mostra, e que reproduz a estante da casa em que viveu. Sem dúvida um dos grandes pontos de atracão da nossa Sala DA Música.
Outro destaque da sala é uma peça icônica do trabalho do Hugo França, uma poltrona desenhada e executada por ele a partir de uma Canoa dos índios Pataxós de Trancoso com mais de 80 anos de idade.
O objetivo da Sala DA Música é que o espaço seja um convite ao público para entrar e desfrutar sem cerimônia. Usar o ambiente de forma leve, ouvir uma boa música, contemplar as obras de arte.